Diabetes: causas e tratamentos
A diabetes já é uma doença amplamente conhecida pelos brasileiros. Com certeza você conhece algum parente ou amigo que vive com a doença, não é mesmo? Mesmo assim, alguns cuidados considerados básicos não são realizados pelas pessoas, o que resulta em números crescentes de pacientes diagnosticados.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes. Já no Brasil, 8,9% da população possui a doença — aproximadamente 13 milhões —, no entanto, desse total, 50% não sabem do diagnóstico.
Outro dado alarmante é que, segundo o Ministério da Saúde, houve um aumento de 60% de pessoas diagnosticadas no Brasil entre 2006 e 2016. O custo total reservado para oferecer remédios gratuitos aos doentes pode dobrar até 2030, chegando a US$ 123 bilhões (R$ 406 bilhões).
O que é a diabetes?
No caso das diabetes, o portador da doença não tem capacidade biológica de degradar moléculas de glicose de maneira rápida ou em velocidade constante. Essa degradação ocorre por meio da insulina, hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de açúcar, transformando-as em energia para manutenção das células do nosso organismo.
Quando há uma alta taxa de glicose no sangue, diversos malefícios podem ser causados: é o caso da cegueira, amputação de membros e complicações nos rins, coração e cérebro.
Existem dois tipos de diabetes: 1 e 2. Para aprofundarmos melhor, separamos em tópicos logo abaixo.
Tipo 1
Esse tipo de diabetes também é conhecido como insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. No tipo 1, não há uma produção suficiente de insulina no pâncreas, pois as suas células sofrem de destruição autoimune.
Por isso, quem vive com a doença precisa realizar injeções de insulina para conseguir manter a glicose em níveis normais. Essas injeções ocorrem por meio da veia, de uma a duas vezes por dia. Caso as doses não sejam aplicadas, pode levar à falência.
O tipo 1 da diabetes é mais usual em crianças e adolescentes, mas pode ocorrer em qualquer idade.
Seus principais sintomas são:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Tipo 2
Também conhecida como não insulinodependente, essa diabetes acomete, em sua maioria, pessoas com mais de 40 anos que apresentam graus de obesidade. No entanto, nos últimos tempos, um número alto de jovens estão sendo diagnosticados com o tipo 2, principalmente pela alimentação pobre em nutrientes.
No corpo das pessoas com esse tipo de diabetes a insulina está presente, mas sua efetividade é dificultada pela obesidade. Esse quadro é conhecido como resistência insulínica, que causa a hiperglicemia.
Por ser mais silenciosa e pouco sintomática, muitos pacientes passam anos sem saber que possuem diabetes tipo 2, o que dificulta o seu tratamento. Com isso, problemas como complicações no cérebro e coração são frequentes.
Um dado interessante, mas nada agradável, é que entre 80% a 90% das pessoas diagnosticadas com diabetes sofrem do tipo 2. Ou seja, menos de 20% contém o tipo 1.
Seus principais sintomas são:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão turva.
Além das principais citadas acima, existem também pré-diabetes e diabetes gestacional. Confira:
Pré-diabetes
A pré-diabetes ocorre quando os níveis de glicose já apresentam alta variação no sangue, mas não o suficiente para ser caracterizado como diabetes tipo 1 ou 2. Essa taxa de açúcar elevada costuma aparecer em obesos, hipertensos ou pessoas com lipídios alterados.
Essa é a única diabetes que pode ser revertida, por isso, assim que diagnosticada, é preciso ter um acompanhamento regular com profissionais da área da saúde.
Diabetes gestacional
Como o nome diz, esse tipo de diabetes ocorre durante a gestação. Nessa fase, a mulher pode apresentar taxas altas de glicose no sangue. Por isso, é imprescindível que exames sejam feitos periodicamente.
A diabetes gestacional pode afetar entre 2% a 4% de todas as gestantes brasileiras, aumentando os riscos de contrair a doença posteriormente, assim como o seu feto ainda na barriga.
Quais são as causas da diabetes?
As causas da diabetes podem ser diversas. Por exemplo, no tipo 1, há uma propensão genética. Assim, uma gestante pode ou não passar diabetes para a criança.
No entanto, os maiores causadores das diabetes são os maus hábitos e nenhuma prática de exercício físico. Principalmente quando a dieta é desregrada, com acúmulo de gordura, sódio e carboidratos simples.
Além desses principais acima, outros fatores que podem culminar ou piorar a diabetes são:
- excesso de peso;
- ter mais de 40 anos;
- predisposição genética;
- sedentarismo;
- pressão alta;
- dar luz a uma criança com mais de 4kg;
- apneia do sono.
Quais são os tratamentos?
Logo após o diagnóstico das diabetes tipo 1 ou 2, não é possível obter a cura. No entanto, o paciente consegue viver uma vida tranquila e sem grandes riscos. Para isso, basta manter uma dieta regrada e uma constante prática de exercício físico.
Mas até nesses pontos é preciso ter muito cuidado. O que deve ser ingerido e a intensidade dos exercícios deve ser prescrito por profissionais. Começar mudanças drásticas, por conta própria, que afetam no seu dia a dia, pode ser ainda mais prejudicial para a saúde.
No caso do diabetes tipo 1, é preciso colocar na rotina a aplicação da insulina. As taxas de sangue no açúcar podem ser medidas pelo aparelho glicosímetro. Os melhores lugares do corpo para a injeção de insulina são abdômen e o braço, na parte posterior do terço superior.
Já para a diabetes tipo 2, é preciso cortar alimentos gordurosos e eliminar o excesso de peso. Aqui, os pacientes também precisarão utilizar os seguintes remédios: Inibidores da alfaglicosidase, Sulfonilureias e Glinidas.